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Herói, R. Ceni diz que não seria justo sair como vilão aos 37 anos

05/05/2010 02:26

Rogério Ceni mais uma vez deixou o Morumbi aclamado pela torcida. Na noite desta terça-feira, o goleiro pegou dois pênaltis e o São Paulo se classificou para as quartas de final da Copa Libertadores, após um empate sem gols com o Universitario-PER e a vitória nos pênaltis por 3 a 1.

Entretanto, o camisa 1 viveu os dois lados da moeda. Antes de virar herói, correu o risco de ser o vilão ao errar a primeira cobrança. Na sequência, reagiu e defendeu os chutes de Alva e Galván. Depois viu Labarth bater para fora. Enquanto isso, Hernanes, Marcelinho Paraíba e Dagoberto balançaram a rede.

Após mais de uma hora no exame antidoping, Ceni foi à sala de imprensa do Morumbi e descreveu o que passou pela sua cabeça ao desperdiçar a primeira penalidade e deixar os quase 44 mil são-paulinos que compareceram ao Morumbi apreensivos.

“Eu pensei que não seria justo comigo, depois de tanto tempo e de nunca ter perdido um pênalti em decisões como essa. E olha que já joguei Libertadores, Sul-Americana, Conmebol, tantas partidas internacionais. Não fiz nada errado até agora e vou fazer essa cagada logo aos 37 anos? Por isso me concentrei para defender. Ser eliminado da Libertadores já seria difícil; sendo o culpado, pior ainda. Seria muita injustiça para carregar, muito peso. Encostei numa trave, depois na outra e disse: ‘não vai ser por mim que o São Paulo vai sair da Libertadores’. Deu certo! Fui incompetente para bater e competente ao defender”, revelou, de forma bem-humorada.

Na tarde da última segunda-feira, os são-paulinos treinaram penalidades, apesar de torcedores e a imprensa considerarem que seria fácil vencer o Universitario no tempo normal, pela fragilidade ofensiva apresentada pelo adversário no jogo de ida, em Lima, há uma semana.

Segundo Ceni, ele tentou chutar da forma como ensaiou no CT da Barra Funda, mas falhou. “Treinei bem. Bati sempre naquela posição e não errei uma vez. Mas telegrafei o canto. Queria que a bola fosse mais no alto, e foi à meia altura.”

Em relação aos dois que interceptou, disse que o primeiro foi mais difícil e mais importante. “Tinha acabado de perder e era obrigação pegar. Aí o Hernanes foi lá, fez, empatou e começou tudo do zero de novo.”

Washington estava escalado para a última cobrança. Rogério Ceni ainda brincou com o colega de elenco. “Eu nem vi os nossos pênaltis. Só comemorava quando a torcida comemorava. Quem bateria o último? Nem sei. O Washington? Ai... Mas eu gosto dele. E se ele batesse tenho certeza que ele faria. No alto e no canto direito”, contou, entre risos.